O Ministério da Saúde anunciou no último sábado (27/06), que firmou parceria com a embaixada Britânica e o laboratório AstraZeneca para o desenvolvimento e acesso do Brasil à vacina para Covid-19. Segundo o Ministério, o acordo prevê a compra de 100 milhões de doses da vacina, que ficarão à disposição dos brasileiros se comprovada sua eficácia, e a transferência da tecnologia para o país. 

A vacina é desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca e, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é uma das mais adiantadas e avançadas no mundo. O Brasil foi escolhido para o acordo porque é um dos países onde o vírus está se espalhando mais rapidamente.

O acordo acontecerá em duas etapas. Inicialmente o Brasil assume os riscos da pesquisa, pagando U$ 127 milhões pela tecnologia mesmo não tendo os resultados dos ensaios clínicos finais. Na próxima fase, se comprovada a eficácia da medicação, o Brasil terá direito a compra de mais vacinas.

Com isso, o Brasil fica na liderança do desenvolvimento da vacina contra o Coronavírus e além da garantia da disposição da tecnologia, também terá autonomia na produção.

O governo federal acredita que o país precisa correr esse risco devido à urgência pela busca de uma solução efetiva para o crescimento exponencial de casos de Coronavírus no país. O Brasil é o segundo país com maior número de casos e mortes no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, com mais de 1,3 milhão de pessoas infectadas e mais de 57 mil mortes, de acordo com dados oficiais do Ministério da Saúde.

Fase de Testes

A vacina já está na terceira fase de estudo e começa a ser testada esta semana em voluntários brasileiros. Três mil pessoas vão participar dos testes: dois mil profissionais da área da saúde em São Paulo; e mil serão recrutados no Rio de Janeiro. Desse total, metade receberá a medicação e a outra parte receberá uma mistura que não tem efeito. A eficácia é medida na comparação entre os dois grupos.