O governador João Doria anunciou hoje (20/07) o início dos testes em voluntários da vacina chinesa CoronaVac. A carga com 20 mil doses, vinda da China, chegou na madrugada desta segunda-feira e foi encaminhada ao Instituto Butantan para verificação e distribuição aos centros de pesquisa.

“É um grande dia para a ciência brasileira. Um dia de esperança para milhões de brasileiros e, também, de habitantes de outros países onde essa vacina deverá ser aplicada”, disse Doria.

Nesta terceira fase de testes, 9 mil voluntários (profissionais da saúde) irão receber a vacina contra o Coronavírus. Metade desse grupo receberá a vacina e a outra um placebo (mistura que não tem efeito) para verificar se há estímulo à produção de anticorpos contra o vírus.

Os testes precisam comprovar que a vacina é realmente segura, que produz anticorpos e protege contra o vírus. A estimativa é concluir as primeiras análises em até 90 dias.

Em São Paulo, os testes serão realizados pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas e Hospital Israelita Albert Einstein, pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul, Hospital das Clínicas da Unicamp (Campinas), Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto. Além de SP, os demais centros de pesquisa estão localizados em Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul.

Uma comissão de pesquisadores internacionais terá acesso aos estudos para observar o andamento e garantir transparência em todo o processo. Se aprovada, a vacina será produzida pelo Instituto Butantan a partir do ano que vem e será distribuída pelo Sistema Único de Saúde, de forma universal e gratuita, afirmou o governo paulista.

A vacina Coronavac foi desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac Biotech e os estudos serão liderados pelo Instituto Butantã, vinculado ao governo paulista.